Padre Fábio de Melo está sendo cobrado após demonstrar solidariedade ao arcebispo de Belém (PA), Dom Alberto Taveira Corrêa, acusado por quatro ex-seminaristas de abuso s*xual. O caso é alvo de inquérito aberto pela Polícia Civil a pedido do MP-PA (Ministério Público do Pará) e também é investigado pelo Vaticano, como infirmou o o “Fantástico”, da TV Globo.
“Dom Alberto já me amparou muitas vezes. Eu gostaria que as minhas orações e o meu carinho fizessem o mesmo por ele neste momento”, disse Fábio de Melo em vídeo reproduzido hoje durante o “Fantástico”.
Nas redes sociais, porém, muita gente não gostou de vê-lo apoiar o arcebispo. “Primeira decepção de 2021!”, escreveu um internauta. “A Igreja Católica continua fazendo o que sempre fez: acobertar seus assediadores e desamparar crianças e adolescentes vítimas dessa podridão!”, escreveu um perfil, que também fez críticas a padre Marcelo Rossi, citado pela reportagem.
“Em uma igreja com tantos escândalos sexuais, vão parecer coniventes — e, se forem comprovados [os abusos]estarão entre os inúmeros padres que acobertam amigos abusadores”, opinou um terceiro perfil.
ENTENDA O CASO:
Quatro ex-seminaristas acusam dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo metropolitano de Belém, de assédio e abuso sex*al. A denúncia surgiu em agosto de 2020, foi formalizada no Ministério Público e chegou ao Vaticano.
De acordo com relatos, Taveira Corrêa costumava falar de masturb*ção e oferecia um “tratamento” para a homossexualidade. Com essa suposta terapia, para estimular a resistência a tentações, o religioso tocava os órgãos íntimos dos jovens e os beijava.
No “Fantástico” deste domingo, 3, os ex-seminaristas relataram que os encontros aconteciam na casa do arcebispo, onde falavam sobre desejos sex*ais e ocorriam os abusos.
Os desdobramentos desses casos foram apresentados pelo programa dominical da TV Globo, mas já havia aparecido no jornal “O país”.
À reportagem do “El País”, um dos jovens disse que teve que masturbar Taveira Corrêa. De acordo com ele, o religioso costumava ficar nervoso e ofender os jovens quando era contrariado.
“Dizia coisas horríveis, lembrava de fatos passados para te humilhar, dizia que você não estava progredindo, dizia coisas horrorosas para você, que você era uma pessoa horrível, era aterrorizante”, contou um dos ex-seminaristas ao jornal.
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