Uma mulher dos Estados Unidos chamou a atenção nas redes sociais ao publicar um texto listando tudo o que aprendeu após se casar. Pamela Chandler é branca, enquanto o marido, Walter, é um homem negro.
Desde que os dois se tornaram um casal, ela passou a enxergar a existência do racismo com muito mais nitidez, por isso, resolveu compartilhar situações que o companheiro enfrenta no dia a dia para, assim, conscientizar outras pessoas.
“Como uma mulher branca casada com um homem negro e criando uma filha birracial, eu tive de desaprender muitas coisas. Eu também tive de APRENDER duas vezes mais. Eu tive de me conscientizar e começar a perceber coisas que nunca perceberia antes”, começa ela
“Meu marido, Walter, e eu estávamos discutindo recentemente sobre essas coisas, e aqui está uma lista de todas as coisas que encontramos:
– Eu tenho que dirigir basicamente sempre que saímos da área de Dayton [onde a família mora]. Nós não falamos sobre isso a todas as vezes, apenas sabemos que, se formos deixar nossa área ‘segura’ e para ir para as cidades menores de Ohio, sou eu quem dirige”
“- Eu preciso lidar com atendentes, devoluções, obter documentos assinados, qualquer coisa que envolva qualquer trabalho administrativo. Eu cuido de qualquer tipo de papelada que precisa ser tratada, porque as pessoas me ouvem e são muito mais agradáveis comigo do que com ele”
“- As chances de encontrarmos um casal negro ou inter-racial em um cartão são quase nulas. A menos que você queira dar o mesmo cartão de casal Negro todos os anos, que é o que temos. Mas existem centenas de casais brancos para escolher!”
“– Meu marido se esforça para ser gentil e conversar com TODOS. Não só porque ele é uma pessoa sociável, mas porque ele aprendeu que um negro intimida as pessoas e, por isso, ele compensa sendo excessivamente amigável, para que as pessoas não tenham medo dele”
“- Se Walter está empurrando o carrinho de compras, sempre tenho que ter meu recibo pronto ao sair da loja”
“- Nenhum dos nossos vizinhos pensou que temos nossa casa. Vários vizinhos pararam meu pai e perguntaram se ele era o novo proprietário. Porque é claro que o velho branco deve ter comprado a casa. Mas não apenas possuímos nossa casa, como ela está quitada, não temos hipotecas e nós mesmos pagamos por ela”
“- Levamos anos para encontrar uma igreja sem ‘tons’ racistas e membros racistas, ANOS!”
“- Quando compra uma boneca, nossa filha recebe 25 opções brancas e uma ou duas opções negras”
“- As mesmas pessoas que nos param diariamente para dizer o quão adorável é nossa filha são as mesmas que atravessariam a rua se Walter estivesse andando sozinho”
“- Se formos a qualquer restaurante que atenda a “idosos” muito cedo, encontraremos muitos olhares. Os idosos racistas comem entre as 16h e as 17h”
“- Quando Walter vai a um parque com nossa filha, ele fica constantemente ao lado dela, se não, ele fica olhando e as pessoas se perguntam ‘o que o grande homem negro está fazendo no banco do parque’”
“- Walter está preocupado que o símbolo de Black Lives Matter ao lado da porta nos torne um alvo quando ele não estiver em casa, então ele me pediu para removê-lo”
Pamela finaliza a postagem, que foi compartilhada no Facebook, afirmando que não escreveu o texto para que as pessoas ficassem com dó de Walter, mas sim para chamar a atenção para a luta contra o racismo. “Temos uma vida maravilhosa e agradecemos por isso. Mas… mudanças precisam acontecer”, afirmou.
“Esta é apenas uma pequena parte do racismo intencional e não intencional que acontece em todos os lugares, o tempo todo. Eu quero um mundo melhor para nossa filha, então estou feliz que as coisas estão mudando”, completou
O desabafo de Pamela viralizou e recebeu mais de 124 mil curtidas e 127 mil compartilhamentos
Uma mulher dos Estados Unidos chamou a atenção nas redes sociais ao publicar um texto listando tudo o que aprendeu após se casar. Pamela Chandler é branca, enquanto o marido, Walter, é um homem negro.
Desde que os dois se tornaram um casal, ela passou a enxergar a existência do racismo com muito mais nitidez, por isso, resolveu compartilhar situações que o companheiro enfrenta no dia a dia para, assim, conscientizar outras pessoas.
“Como uma mulher branca casada com um homem negro e criando uma filha birracial, eu tive de desaprender muitas coisas. Eu também tive de APRENDER duas vezes mais. Eu tive de me conscientizar e começar a perceber coisas que nunca perceberia antes”, começa ela
“Meu marido, Walter, e eu estávamos discutindo recentemente sobre essas coisas, e aqui está uma lista de todas as coisas que encontramos:
– Eu tenho que dirigir basicamente sempre que saímos da área de Dayton [onde a família mora]. Nós não falamos sobre isso a todas as vezes, apenas sabemos que, se formos deixar nossa área ‘segura’ e para ir para as cidades menores de Ohio, sou eu quem dirige”
“- Eu preciso lidar com atendentes, devoluções, obter documentos assinados, qualquer coisa que envolva qualquer trabalho administrativo. Eu cuido de qualquer tipo de papelada que precisa ser tratada, porque as pessoas me ouvem e são muito mais agradáveis comigo do que com ele”
“- As chances de encontrarmos um casal negro ou inter-racial em um cartão são quase nulas. A menos que você queira dar o mesmo cartão de casal Negro todos os anos, que é o que temos. Mas existem centenas de casais brancos para escolher!”
“– Meu marido se esforça para ser gentil e conversar com TODOS. Não só porque ele é uma pessoa sociável, mas porque ele aprendeu que um negro intimida as pessoas e, por isso, ele compensa sendo excessivamente amigável, para que as pessoas não tenham medo dele”
“- Se Walter está empurrando o carrinho de compras, sempre tenho que ter meu recibo pronto ao sair da loja”
“- Nenhum dos nossos vizinhos pensou que temos nossa casa. Vários vizinhos pararam meu pai e perguntaram se ele era o novo proprietário. Porque é claro que o velho branco deve ter comprado a casa. Mas não apenas possuímos nossa casa, como ela está quitada, não temos hipotecas e nós mesmos pagamos por ela”
“- Levamos anos para encontrar uma igreja sem ‘tons’ racistas e membros racistas, ANOS!”
“- Quando compra uma boneca, nossa filha recebe 25 opções brancas e uma ou duas opções negras”
“- As mesmas pessoas que nos param diariamente para dizer o quão adorável é nossa filha são as mesmas que atravessariam a rua se Walter estivesse andando sozinho”
“- Se formos a qualquer restaurante que atenda a “idosos” muito cedo, encontraremos muitos olhares. Os idosos racistas comem entre as 16h e as 17h”
“- Quando Walter vai a um parque com nossa filha, ele fica constantemente ao lado dela, se não, ele fica olhando e as pessoas se perguntam ‘o que o grande homem negro está fazendo no banco do parque’”
“- Walter está preocupado que o símbolo de Black Lives Matter ao lado da porta nos torne um alvo quando ele não estiver em casa, então ele me pediu para removê-lo”
Pamela finaliza a postagem, que foi compartilhada no Facebook, afirmando que não escreveu o texto para que as pessoas ficassem com dó de Walter, mas sim para chamar a atenção para a luta contra o racismo. “Temos uma vida maravilhosa e agradecemos por isso. Mas… mudanças precisam acontecer”, afirmou.
“Esta é apenas uma pequena parte do racismo intencional e não intencional que acontece em todos os lugares, o tempo todo. Eu quero um mundo melhor para nossa filha, então estou feliz que as coisas estão mudando”, completou
O desabafo de Pamela viralizou e recebeu mais de 124 mil curtidas e 127 mil compartilhamentos
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