A influenciadora Caroline Figueiredo tem o costume de usar as suas redes sociais para falar de empoderamento e de muitas coisas relacionadas ao universo feminino, mas recentemente um post dela teve grande repercussão e viralizou em questão de minutos, isso tudo porque ela fez um texto sobre a traição de um companheiro após fazer a mulher gerar uma vida junto com depois de ser mãe.
Mãe de 2 filhos, um de 6 anos e outro de 8, a atriz resolve começar o texto fazendo um questionamento muito importante sobre o assunto abordado “Por que ser traída (principalmente no pós parto) é tão cruel?”questiona a atriz
O texto ficou tão grande que a atriz teve que dividir em 2 postagens no instagram, em uma ela publicou uma foto no qual amamentava um de seus filhos e ressaltou a importância de abordar esse assunto tão delicado, mas que influencia diretamente a vida de muitas mulheres “Em 2020 machismo não passará! Escrever sobre a morte do patriarcado é resgatar nossa autoestima e nossa força como mulher! Como esse texto te afeta?”questionou a atriz.
“Trair uma mulher nessa condição é negligenciar necessidades básicas humanas de dignidade, respeito, parceria, companhia, apoio.Toda minha solidariedade às mulheres que foram traídas nesse momento. E sempre que leio relato de mulheres famosas, lindas, ricas e independentes que são traídas isso me mexe ainda mais. Porque há uma crença que isso acontece porque somos ruins, feias, desajeitadas, não desejadas, por que nossa libido está alterada, nossa autoestima devastada. Não é sobre isso, é sobre reproduzir violência sobre nossas dores físicas, emocionais e ancestrais”completou Carolinie.
Confira o texto na íntegra:
Porque ser traída (principalmente no pós parto) é tão cruel? – PARTE I .
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“Cruel Se define como uma resposta emocional de indiferença ou mesmo prazer diante do sofrimento e dor de outros. É considerada como um sinal de distúrbio psicológico”. .
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Trair uma mulher no puerpério é reproduzir a lógica agressiva, assassina e abusadora machista e patriarcal de eliminar nossa saúde psíquica, emocional e espiritual como mulher. É enfiar uma faca na nossa frágil
Autoestima, é tripudiar de um processo doloroso físico e emocional. .
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Toda vez que escuto uma história de traição minhas dores ancestrais são ativadas. Desde pequenas somos ensinadas a sonhar o desejo da família, a expectativa da chegada do bebê, a promessa da família feliz, a idealização desse momento quase romantizado. Na realidade estamos exaustas, exauridas emocionalmente, na queda de hormônio, com nossas necessidades físicas atravessadas pelo sono e pelas demandas do bebê. Às vezes vamos em lugares limites de higiene, autocuidado e talvez nem tenhamos tempo / vontade de cuidar da aparência ou do corpo, ainda que a sociedade nos cobre tanto,logo que o bebê sai. .
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Em 2020 machismo não passará! Escrever sobre a morte do patriarcado é resgatar nossa autoestima e nossa força como mulher! Como esse texto te afeta?
Parte 2:
Trair uma mulher no puerpério é reproduzir a lógica agressiva, assassina, abusadora machista e patriarcal de eliminar nossa saúde psíquica, emocional e espiritual como mulher. É enfiar uma faca na nossa frágil Autoestima, é tripudiar de um processo doloroso físico e emocional. .
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No pós-parto nossa identidade é roubada, é uma morte interna e também psíquica. É a morte das nossas expectativas sobre como o bebê chegou, sobre como nós nos julgamos capazes de cuidar do bebê, quando nos questionamos nossa qualidade como mães. É forte, é doloroso, é solitário.
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Um momento que estamos vulneráveis, abertas, inseguras, que nosso corpo está raptado pra servir ao outro, quando não nos reconhecemos no nosso corpo físico que não é mais o da grávida mas também não é mais o da de antes dos filhos. Estamos num limbo, num vale, num vazio emocional e existencial. .
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Trair uma mulher nessa condição é negligenciar necessidades básicas humanas de dignidade, respeito, parceria, companhia, apoio. É ignorar toda doação que a mulher faz desde que descobre a gravidez pra manter, cuidar e servir o outro ser humano (que o homem também fez junto). .
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Toda minha solidariedade às mulheres que foram traídas nesse momento. E sempre que leio relato de mulheres famosas, lindas, ricas e independentes que são traídas isso me mexe ainda mais. Porque há uma crença que isso acontece porque somos ruins, feias, desajeitadas, não desejadas, porque nossa libido está alterada, nossa autoestima devastada. Não é sobre isso, é sobre reproduzir violência sobre nossas dores físicas, emocionais e ancestrais. .
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Estendo esse convite-reflexão as mulheres que topam se relacionar com homens que têm bebê em casa. Estendo esse convite a nós mulheres a nos unirmos nessa reflexão de como precisamos nos fortalecer pra que venha de nós mesmas esse repúdio e desinteresse em reproduzir machismo e violência (ainda que emocional e psicológica com nós mulheres). Em 2020 machismo não passará! Escrever sobre a morte do patriarcado é resgatar nossa autoestima e nossa força como mulher! Como esse texto te afeta?. #pós-parto“
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