A menina de 10 anos de idade que engravidou após ser estuprada pelo tio, no Espírito Santo, voltou a sorrir, depois que teve a gravidez interrompida, no Recife. De acordo com o médico Olímpio Morais, diretor do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), hospital em que a garota foi atendida, a criança só manifestou alguma felicidade depois que o procedimento foi realizado.
Olímpio Morais afirmou ainda, nesta terça (18), que a garota está bem e tem condições de ter alta médica, mas isso só poderá ocorrer depois que forem montados esquemas para preservar a vítima tanto em Pernambuco quanto no Espírito Santo.
“O melhor é que ela voltou a sorrir. Segundo a assistente social que veio com ela, foi a primeira vez que ela sorriu, desde o momento em que começou a acompanhá-la. Então, ela tem condições de alta, mas a gente tem que preparar todo um esquema não só aqui, em Pernambuco, como também no Espírito Santo, para que não aconteça nada com ela parecido com o que quase acontecia aqui”, afirmou.
A presença da criança, que fez o aborto legal, mudou a rotina do hospital. Do lado de fora, balões e cartazes de apoio à equipe médica foram colocados. Os presentes, principalmente brinquedos, não paravam de chegar para a garota, nesta terça. Um cenário bem diferente do clima de intolerância na chegada ao hospital, no domingo (16).
“Ela está num quarto com a avó dela e está recebendo todo tipo de presente. Perfume, maquiagem, livros, flores. Ela está bem, dormiu bem, tomou café e voltou a sorrir”, disse o médico.
Nesta terça-feira (18), o tio da menina foi preso em Minas Gerais, na cidade de Betim. O crime ocorria desde quando a garota tinha 6 anos, em São Mateus, no Espírito Santo. A menina precisou vir para o Recife para interromper a gravidez porque, no estado de origem, os médicos do hospital em que ela foi atendida afirmaram que não tinham capacidade técnica para fazer o procedimento.
Protestos
No domingo (16), religiosos fizeram protestos e tentaram invadir a maternidade depois que a extremista de direita Sara Giromini violou o Estatuto da Criança e do Adolescente publicando na internet o nome da vítima e o local onde ela seria atendida.
No Recife, a assistente social Bruna Martins, que atendeu a menina, disse que nem ela nem a avó, que é a referência materna da criança, ouviram os protestos em frente ao Cisam.
Olímpio Morais disse, ainda, que foi em frente à maternidade para atrair a atenção dos religiosos para que a criança pudesse entrar na unidade hospitalar, no domingo (16).
“Ela não sofreu aqui, porque, quando eu vi que ela estava chegando e eles estavam obstruindo a entrada da maternidade, eu achei melhor sair para atrair a atenção deles, já eles sabiam que o carro estava vindo e anotaram a placa, porque também estavam no aeroporto. Foi um momento que eu trouxe a atenção deles, para conversar, eles se descuidaram e ela pode entrar na maternidade”, disse o médico.
A pedido de Olímpio Morais, a Polícia Militar foi acionada para conter os manifestantes contrários à interrupção da gravidez da criança.
“Eu estava muito preocupado, falando com o secretário [estadual] de Saúde André Longo, que deu todo o apoio, o estado de Pernambuco. [Falei] ‘André, está acontecendo isso, eu vou precisar de viaturas, até para garantir a segurança dela e do serviço. Não foi preciso [atuação da polícia]porque a viatura chegou”, disse.
No domingo, grupos de mulheres também se reuniram no local para garantir que fosse cumprida a decisão judicial do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, que permitiu o aborto previsto legalmente, seguindo recomendação do Ministério Público do referido estado.
(Fonte G1)
A menina de 10 anos de idade que engravidou após ser estuprada pelo tio, no Espírito Santo, voltou a sorrir, depois que teve a gravidez interrompida, no Recife. De acordo com o médico Olímpio Morais, diretor do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), hospital em que a garota foi atendida, a criança só manifestou alguma felicidade depois que o procedimento foi realizado.
Olímpio Morais afirmou ainda, nesta terça (18), que a garota está bem e tem condições de ter alta médica, mas isso só poderá ocorrer depois que forem montados esquemas para preservar a vítima tanto em Pernambuco quanto no Espírito Santo.
“O melhor é que ela voltou a sorrir. Segundo a assistente social que veio com ela, foi a primeira vez que ela sorriu, desde o momento em que começou a acompanhá-la. Então, ela tem condições de alta, mas a gente tem que preparar todo um esquema não só aqui, em Pernambuco, como também no Espírito Santo, para que não aconteça nada com ela parecido com o que quase acontecia aqui”, afirmou.
A presença da criança, que fez o aborto legal, mudou a rotina do hospital. Do lado de fora, balões e cartazes de apoio à equipe médica foram colocados. Os presentes, principalmente brinquedos, não paravam de chegar para a garota, nesta terça. Um cenário bem diferente do clima de intolerância na chegada ao hospital, no domingo (16).
“Ela está num quarto com a avó dela e está recebendo todo tipo de presente. Perfume, maquiagem, livros, flores. Ela está bem, dormiu bem, tomou café e voltou a sorrir”, disse o médico.
Nesta terça-feira (18), o tio da menina foi preso em Minas Gerais, na cidade de Betim. O crime ocorria desde quando a garota tinha 6 anos, em São Mateus, no Espírito Santo. A menina precisou vir para o Recife para interromper a gravidez porque, no estado de origem, os médicos do hospital em que ela foi atendida afirmaram que não tinham capacidade técnica para fazer o procedimento.
Protestos
No domingo (16), religiosos fizeram protestos e tentaram invadir a maternidade depois que a extremista de direita Sara Giromini violou o Estatuto da Criança e do Adolescente publicando na internet o nome da vítima e o local onde ela seria atendida.
No Recife, a assistente social Bruna Martins, que atendeu a menina, disse que nem ela nem a avó, que é a referência materna da criança, ouviram os protestos em frente ao Cisam.
Olímpio Morais disse, ainda, que foi em frente à maternidade para atrair a atenção dos religiosos para que a criança pudesse entrar na unidade hospitalar, no domingo (16).
“Ela não sofreu aqui, porque, quando eu vi que ela estava chegando e eles estavam obstruindo a entrada da maternidade, eu achei melhor sair para atrair a atenção deles, já eles sabiam que o carro estava vindo e anotaram a placa, porque também estavam no aeroporto. Foi um momento que eu trouxe a atenção deles, para conversar, eles se descuidaram e ela pode entrar na maternidade”, disse o médico.
A pedido de Olímpio Morais, a Polícia Militar foi acionada para conter os manifestantes contrários à interrupção da gravidez da criança.
“Eu estava muito preocupado, falando com o secretário [estadual] de Saúde André Longo, que deu todo o apoio, o estado de Pernambuco. [Falei] ‘André, está acontecendo isso, eu vou precisar de viaturas, até para garantir a segurança dela e do serviço. Não foi preciso [atuação da polícia]porque a viatura chegou”, disse.
No domingo, grupos de mulheres também se reuniram no local para garantir que fosse cumprida a decisão judicial do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, que permitiu o aborto previsto legalmente, seguindo recomendação do Ministério Público do referido estado.
(Fonte G1)
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