Quem pensa que Invernovocê não precisa ter cuidados especiais com a pele é muito errado. A estação é a mais indicada para tratar manchas com ácidos.que na dermatologia tem funções variadas.
“Os mais conhecidos são aqueles usados para promover a renovação celularcomo ácido retinóico e ácido glicólico. Existem também ácidos que inibem a produção de melanina, como ácido kójico e azélico. O ácido L-ascórbico, a vitamina C, é conhecido por sua ação antioxidante”, diz a dermatologista Giane Giro.
CUIDADO
A dermatologista Juliana Drumond diz que os ácidos são importantes para o tratamento das manchas, pois promover a renovação celular e conseguir regular a queratinização da pele. “E esse próprio efeito direto ajuda a clarear as manchas. Além disso, auxiliam na penetração de outros ativos, como agentes clareadores. É muito comum associar ácidos e alvejantes no tratamento de manchas“.
O médico diz que um dos efeitos colaterais dos ácidos é que eles tornam a pele mais sensível ao sol, o que chamamos de fotossensibilidade cutânea. “Quando você usa esses produtos, O ideal é que a pessoa evite a exposição ao sol e use protetor solar adequadamente“, diz o dermatologista.
“Quando uma pessoa usa ácido, a pele tende a ficar um pouco mais seca, então eu costumo combinar um pouco de hidratante de manhã, antes do protetor solar, e o ácido à noite”
Juliana Drumond
não é caso de Para peles muito sensíveis, ela recomenda usá-lo em dias alternados. Outra dica do médico evitar o uso de sabonetes muito adstringentes, que removem mais oleosidade, pois a pele pode ficar muito seca.
MELASMA
As substâncias também ajudam no controle do melasma, que é uma hiperpigmentação da pele, decorrente do aumento da deposição de melanina, proteína que garante a cor da pele e previne danos ao DNA pela radiação ultravioleta. Giane Giro explica que os ácidos associados aos despigmentantes são a combinação de escolha para o tratamento dessa condição.
Esses ácidos atuam inibindo diferentes etapas da produção de melanina ou ajudando a eliminar a melanina já formada. “O uso dessas substâncias auxilia no clareamento da pele. Quando combinados na mesma formulação, têm efeito sinérgico, potencializando os resultados no tratamento de manchas”, explica o médico.
Giane Giro conta que o ácidos que promovem uma renovação celular mais intensa podemos sair pele mais sensível ao sol. “Portanto, o período de inverno é o período ideal para esse tratamento, pois a incidência de radiação ultravioleta é menos intensa e o clima é mais ameno, favorecendo seu uso”.
“Podemos usar ácidos em todos os tipos de pele, o que muda a escolha do veículo da fórmula: em gel ou soro para peles oleosas e em creme para peles secas. Atenção especial deve ser dada à escolha do ácido para peles sensíveis. Ela tem mais dificuldade em tolerar o uso de substâncias para renovação celular, e nesses casos pode ser necessário o uso de um polihidroxiácido, como a gluconolactona, que é bem tolerado pela pele sensível”
Giane Giro
“Eles ajudam a reduzir a melanina nas manchas e mantêm o rosto com um tom mais uniforme. Os ácidos são importantes para o controle do melasma, sempre em conjunto com o protetor solar que inclui proteção contra a luz solar visível. A proteção solar adequada é o principal pilar no tratamento do melasma“.
O dermatologista ressalta que a pele do paciente com melasma não pode ficar vermelha ou descamar com o uso de ácidos em casa. “Qualquer irritação na pele pode piorar as manchas, por isso a escolha do ácido deve ser criteriosa e o dermatologista sempre deve ser informado em caso de sensibilidade ao tratamento”, finaliza Giane Giro.
VEJA 5 ÁCIDOS PARA PELE NEGRA
- ácido da retina (tretinona): derivado de vitamina A, padrão ouro no tratamento do envelhecimento e amplamente utilizado em associação com agentes clareadores, como a hidroquinona. Está presente em uma das combinações mais estudadas para o tratamento do melasma. considerado medicamento e não pode ser usado sem receita médica. Seus resultados são mais rápidos, mas deixa a pele mais sensível ao sol, por isso o inverno é o período ideal para seu uso.
- ácido glicólico: derivado de cana-de-acar, promove a renovação celular. A descamação gradual da pele remove o excesso de melanina. Pode ser associado a diversos agentes despigmentantes, potencializando os resultados do tratamento. Existem várias concentrações de ácido glicólico no mercado, e os resultados do tratamento variam de acordo com a formulação do produto.
- Ácido azélico: substância naturalmente presente em um fungo, atua inibindo a síntese de melanina. um alvejante que pode ser usado o ano todo, incluindo gestantes. Tem efeito clareador seletivo, atua principalmente nos melanócitos mais ativos, o que é uma vantagem para o tratamento. O maior resultado com uso de tratamento de longo prazo.
- ácido kjic: inibe a tirosinase, uma enzima que participa na produção de melanina. Usado principalmente em combinação com outros clareadores. Seu uso deve ser monitorado pois pode causar irritação na pele.
- ácido tranexmico: um composto que existe até na forma de medicamento oral, usado para ajudar a prevenir sangramentos em determinadas situações. Usado na forma tópica (creme), também atua na tirosinase, diminuindo assim a formação de melanina.
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