Uma conversa com uma vizinha revelou a uma mãe o paradeiro de sua filha desaparecida há 36 anos no Morro da Nova Cintra, em Santos, no litoral paulista. Ela contou que o ex-marido havia saído da casa onde moravam com a filha Marcela. Ao falar o apelido do homem, que era conhecido como Bida, ela se surpreendeu.
O vizinho disse que conhecia esse homem e sua filha desde pequenos e que os dois moravam na Zona Noroeste. Foi assim que minha mãe ficou sabendo de tudo, disse Karla Silva Nicodemos, irmã mais velha de Marcela.
Aos 41 anos, Karla diz que nunca esqueceu a irmã mais nova, apesar de as duas terem se separado quando ainda eram crianças. Seu pai levou o bebê mais tarde, assim que saiu de casa, quando ela tinha cinco anos. Minha mãe e ele (pai) brigavam muito.
E foi logo após uma discussão que ele saiu de casa com Marcela e nunca mais voltou. Karla conta que mora no Centro de Santos desde criança e garante que nunca deixou de procurar a irmã. Depois que recebi aquela pista da vizinha, de que a caçula morava na Zona Noroeste, além de uma foto, ela fez um post em uma rede social pedindo ajuda.
Os olhos de minha mãe se encheram de lágrimas e seu coração falou mais alto. só para ver a foto [de Marcela] e comparando, dá para ver que ela se parece muito com a nossa família, disse Karla.
Mulher encontra irmã mais nova levada pelo pai após a separação e descobre que os dois moram na mesma região de Santos, SP. Foto: Reprodução/Facebook
Ela publicou a foto da ‘suposta’ irmã nas redes sociais e deu certo. Na noite do último sábado (6), os dois trocaram mensagens e descobriram que moram em regiões vizinhas de Santos.
Segundo Karla, ela recebeu mensagens via Facebook de uma pessoa chamada Marcela que se identificou como sua irmã mais nova. Não acreditei, conversamos por horas, ela ressalta.
adotado
Depois de um tempo conversando, Karla entendeu por que não conseguia encontrar a irmã nas redes sociais. Ela começou a usar o sobrenome de sua família adotiva, a quem seu pai a entregou logo após sair de casa. Há muito tempo a procuro pelo sobrenome Nicodemus, mas nunca consegui nada, ressalta.
Karla explica que, apesar da surpresa de conhecer a irmã, as duas ainda precisam marcar um encontro para se encontrarem pessoalmente novamente. Eu nunca a esqueci. Não importa quantos anos passem, ninguém pode arrancar o amor. Está no nosso sangue, ela disse.
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