Em meio à pandemia e ao processo de divórcio, Robrio Barbosa Rodrigues, 37, iniciou um projeto para deixar o apartamento mais vivo. Na propriedade, ele cultiva cerca de 40 plantas, pois transformou a jardinagem em hobby e terapia diária.
Nos ambientes, dos quartos, da área de serviço ao banheiro, a professora de história encontrou uma forma de colocar ou pendurar as plantas. Quem entra no apartamento os encontra em diferentes tamanhos e formatos. Algumas das cultivadas localmente são: costela de Adão, chifre de veado, jibóia branca, costela de Eva, limão, ninguém pode comigo, espada de São Jorge, suculentas e samambaias.
Ele conta como começou o projeto e o que queria levar para casa. A pandemia veio e nesse processo de recuperação do divórcio comecei a fazer isso para deixar o ambiente mais agradável. O apartamento estava vazio e sem varanda eu me sentia sufocado, conta.
Robrio começou a colocar plantas no apartamento durante uma pandemia. (Foto: Ksie Aino)
Criado no campo e em fazendas com a família, o professor sempre esteve cercado pela natureza. Após a mudança para Campo Grande e o apartamento, sua ligação com a flora foi interrompida. Ao começar a estudar decoração, Robrio descobriu o conceito de selva urbana, que consiste em inserir esses elementos naturais no ambiente.
Para quem não tinha ideia de como cuidar das plantas, hoje ele se tornou um expert no assunto e não esconde que tem muito cuidado com os vasos. Comecei a receber carinho e quando viajo peço aos amigos que cuidem e acompanhem. Às vezes chego da aula e vou mexer com eles e trocar de vaso, conta.
Além da selva urbana, o professor se inspirou em mais um conceito de decoração. Ele explica sobre a outra proposta que incluiu no espaço onde mora. “A decoração é afetiva quando você conta sua história dentro da decoração. É um conceito que eu não conhecia, comecei a estudar, como funciona e entendi, comemora.
Até o banheiro tem plantas. (Foto: Ksie Aino)
Objetos antigos e memórias que fazem parte da história do morador. (Foto: Ksie Aino)
Para seguir à risca o conceito, Robrio utilizou objetos e itens da infância. Emoldurava cartões de quando estudava no pr. Tenho diplomas, coisas que gosto e fiz. Tenho figuras de artistas da banda, pinturas que considero históricas em Campo Grande e que representam minhas origens e contam minha história, diz.
O amor pelas plantas chegou ao local de trabalho. Na Escola Municipal Professor Licurgo de Oliveira Bastos, Robrio iniciou a revitalização do jardim com o apoio da professora Helena Paz. Juntos, eles plantaram mudas, pintaram tábuas e pneus para enfeitar o canteiro da instituição.
Para ele, além do conforto e alívio oferecidos pelas plantas em dias quentes e secos, a jardinagem se tornou essencial. “uma terapia. Não tenho filhos e uma forma de carinho. Eu olho, fico preocupado e cuido disso, conclui.
Para ele, além do conforto e alívio oferecidos pelas plantas em dias quentes e secos, a jardinagem se tornou essencial. (Foto: Ksie Aino) – CRÉDITO: CAMPO GRANDE NEWS
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