“Você tem que ter vergonha de si mesmo”. Foi assim que Marcos Braz, principal técnico do Flamengo, resumiu a atitude do Palmeiras de ir à CBF reclamar do erro do protocolo do VAR. A atitude egoísta e de clube demonstra uma das razões pelas quais o futebol brasileiro está sempre preso nos mesmos problemas que dominavam os noticiários quando eu ainda era criança.
Existem várias reclamações e ofícios desnecessários no futebol brasileiro. E atire a primeira pedra naquele time que nunca fez um desses só para dar uma resposta ao seu torcedor. A questão é que desta vez não há interpretação. A questão não se foi nem no pênalti de Vidal em Gmez. A questão é que o protocolo não foi respeitado, o árbitro não esperou o VAR analisar a jogada antes do jogo continuar. Isso sério.
Assim como foi grave não ter traçado a linha de impedimento no provável impedimento de Calleri que resultou no pênalti que deu ao São Paulo a possibilidade de eliminar o Palmeiras na Copa do Brasil. Assim como foi grave no erro de impedimento entre Ituano e Cruzeiro na Série B.
Erros desse tipo devem mobilizar todo o futebol brasileiro e não apenas os lesionados. A péssima arbitragem brasileira e o horrível VAR jogam contra a imagem do produto como um todo. Prejudica os torcedores que pagam caro para ir ao estádio, os clubes que investem muito para ter um time competitivo e até os que pagam ainda mais para poder transmitir. Afinal, quem se importa em ter um jogo totalmente afetado por erros grosseiros?
Que fique claro que o Palmeiras não é o santo da história. Em outros momentos, o Alviverde também não se mobilizou para ajudar os rivais que foram prejudicados pelo apito. Como já aconteceu com Corinthians, São Paulo, Inter, Atlético-MG, Fluminense… Isso não quer dizer que o Palestra Itália seja o defensor do esporte nacional. Mas a surpreendente declaração de Marcos Braz traz à tona algo que está no coração do futebol brasileiro: o que importa para o meu time.
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