Um pastor evangélico de 40 anos foi preso por suspeita de estuprar quatro filhas e engravidar uma delas no município do Porto, Rio Grande do Sul.
A prisão preventiva do homem aconteceu nesta quarta-feira (24/08), dois dias após uma denúncia anônima sobre a situação das meninas ter sido feita ao disque-denúncia e ao Conselho Tutelar do município.
De acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, após a denúncia, uma equipe foi até a casa das vítimas e as levou à delegacia para depor.
Além das quatro vítimas, que têm entre 12 e 17 anos – que revelaram os abusos, sua irmã mais velha, uma jovem de 19 anos que se recusou a depor, também morava na casa do pastor, e sua mãe, uma mulher que não foi identificada e confessou que sabia dos crimes.
“Todos eles confirmaram os abusos, inclusive dando detalhes. A mãe confirmou que viu a filha de 12 anos chorando há três meses, foi até ela para ver o que era, e antes disso viu o marido saindo do quarto da filha”, explicou o relatório responsável pelo caso, Marcos Mesquita.
A delegada disse ainda que a mãe das vítimas perguntou ao marido sobre o abuso e que ele teria negado a princípio, mas depois confessou. “Ela também disse que há um ano soube que ele estava abusando de sua filha de 12 anos e também disse que sabia que o produto dos abusos de uma de suas filhas de 17 anos resultou em um bebê”, disse Mesquita. . O delegado também pediu a prisão preventiva da mulher por omissão, mas o pedido não foi acatado pela Justiça.
O suspeito também testemunhou e negou o estupro de suas filhas mais novas, mas disse que fez sexo com a jovem de 17 anos “porque ela quis”. “Ele disse que teve apenas um relacionamento com ela, que ela engravidou e que o filho dela é filho dele e neto dele”, disse o delegado.
De acordo com a Polícia Civil, duas ocorrências relacionadas a abuso sexual já haviam sido registradas contra o pastor anteriormente. Um deles em 2007, no município de Estrela (RS), onde teria “agarrado uma menina”, e outro em Humait (RS), onde teria abusado de uma menor em 2002.
As quatro vítimas, assim como o bebê de uma delas, foram levados para um abrigo em Novo Hamburgo, também no Rio Grande do Sul. A mãe das meninas ainda está em casa com a filha mais velha.
A polícia aguarda laudos periciais que comprovem os abusos xual cometido contra as outras crianças e o resultado do DNA que deve comprovar a paternidade do filho da jovem de 17 anos.
A reportagem procurou o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul em busca de contato para a defesa do pastor detido, mas o órgão informou que não serão divulgados detalhes sobre o assunto porque o processo corre em sigilo da Justiça. Seu nome não foi divulgado pela polícia para preservar as vítimas.
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