Na semana passada, uma menina de 3 anos acordou durante seu próprio funeral em Villa de Ramos, no México. Os familiares perceberam que Camila Roxana Martinez Mendoza ainda respirava e pediram socorro no local. A situação, no entanto, se complicou ainda mais quando a menina foi declarada morta pela segunda vez, após ser atendida pelo pronto-socorro.
Segundo o jornal El Universal, foi a mãe da criança, Mary Jane Mendoza, que notou o vidro embaçado do caixão. Pouco depois, a sogra também viu que os olhos da neta se moviam. Quando conseguiram tirar Camila, a menina estava com uma frequência cardíaca de 97 batimentos por minuto, o que eles consideram normal para a idade dela.
Quando a ambulância chegou, o pequeno já estava com até 35 batimentos por minuto. No caminho para o hospital, sua condição piorou significativamente e ela foi declarada morta novamente. Desta vez por morte encefálica, falência metabólica e desidratação, devido ao tempo que passou fechada.
Dizem que ela teve morte cerebral. Ela passou várias horas no caixão. Mas a culpa é do médico por tê-la dado como morta. Foi realmente onde a vida do meu bebê terminou. Estamos arrasados, porque minha filha era muito feliz, se dava bem com todo mundo, não distinguia as pessoas, temos muita gente que nos apoia porque ela era uma queridadisse para mim.
De acordo com Mary Jane, Camila começou a ter dores de estômago, febre e náuseas dois dias antes de morrer. Quando a menina foi levada ao médico, o pediatra apontou desidratação e pediu para ser encaminhado ao hospital. Eu a levei para o hospital, entrei com ela. Eles a despiram, colocaram toalhas molhadas para baixar a febre e o oxímetro em seu dedo. Eles pediram alguns supositórios, colocaram e foi isso. Depois de uma hora me disseram que estava tudo bem, prescreveram soro fisiológico e 30 gotas de paracetamollembrou.
Como os remédios não ajudaram, os pais decidiram procurar médicos particulares para tratamento. Um deles pediu para Camila ir novamente ao hospital, desta vez com urgência. A menina foi internada no Hospital Comunitário Básico de Salinas de Hidalgo, onde foi declarada morta. Eles não fizeram nenhum eletrocardiograma. Peguei meu bebê nos braços e ela me abraçou, senti a força em seus braços. Mas eles a tiraram de mim e disseram que ela descanse em paz’disse.
Após a tragédia, a família da criança busca justiça: O que eu quero mesmo é que a justiça seja feita, não guardo rancor de ninguém. Só peço que mudem os médicos, enfermeiros e diretores, para que isso não volte a acontecer. Segundo o procurador-geral do Estado, José Luis Ruiz, foi aberto um inquérito para analisar as circunstâncias do caso.
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