Imagens de câmeras de segurança registraram um misto de raiva e violência na noite do dia 30, dentro de uma casa de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Essas cenas aconteceram em frente a uma das portas da academia em um dos blocos, após um desentendimento entre o morador e o gerente, devido à interdição da academia. A gravação, com pouco mais de 11 segundos, mostra o cidadão e empresário Amadeu Ribeiro de Souza Neto abordando a sindicalista Dayse de Souza Ribeiro, 56 anos, sentada em uma cadeira, usando o celular. Então, sem dizer nada, ele deu um tapa no rosto da mulher.
A força do golpe foi tão grande que a vítima foi arremessada para fora da cadeira. Imagens de câmeras de segurança ainda mostram Dayse cambaleando enquanto tenta se levantar. Ele teve cortes na boca e na cabeça. Após chamar a polícia vigilante, que não conseguiu localizar o agressor no local, ele registrou o boletim de ocorrência na DP 16 (Barra da Tijuca) e foi encaminhado para perícia. Segundo Daniel Blanck, advogado que defende o grupo e as demandas do banheiro, ele irá à Justiça com um pedido de proteção ao morador.
– Entraremos com uma ação na Justiça pedindo medidas protetivas, pois os dois moram no mesmo local e o gerente tem medo de retaliação. Houve uma reunião no dia seguinte à violência, que já estava marcada por causa do trabalho. Neste caso, os proprietários dos condomínios nos autorizaram a entrar com ação judicial pedindo o despejo do morador deste condomínio. A vítima está assustada e mentalmente perturbada. Acho que não há palavras para descrever o comportamento covarde – disse o advogado, acrescentando que a Dayse registrou o histórico de três ocorrências passadas identificando o morador como autor de insultos, injúrias e difamações.
A Dayse conta que a violência aconteceu depois que todos os moradores foram advertidos contra o uso da academia devido à pintura e reforma de alguns equipamentos.
– Naquela noite (dia 30), a academia foi fechada e todos os moradores foram avisados que não seria usado. Quando vi que um morador estava usando a academia, pedi para o porteiro falar com ele. Como ele disse que não ia desligar, apaguei as luzes e ele ligou tudo de novo. De repente, ele sacudiu meu braço e pediu que ele não me tocasse. Então eu fechei os tilters. Seu treinador me pediu para deixá-lo se exercitar ao ar livre, e eu concordei. Enquanto eu estava sentado na cadeira, ele entrou e me deu um tapa inesperado. Fiquei confuso”, explicou o produtor.
O EXTRA tentou falar ao telefone com o comerciante Amadeu Souza para dar sua versão dos fatos. O telefone foi atendido por um funcionário que disse que o gerente estava ocupado e não podia falar no momento. Um número de telefone estava disponível, mas o vendedor não atendeu o telefone. Embora o pedido de despejo do inquilino tenha sido aprovado na assembleia do condomínio, ele será obrigado a deixar o prédio se o Tribunal assim o decidir. Questionada, a polícia comunitária confirmou que foi registrado um caso na DP 16 e esclareceu que há uma investigação em andamento.
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