Muitas histórias serão contadas sobre esse show de Justin Bieber no Rock in Rio. Ele quase não veio, cancelou outros shows e confirmou, no vídeo que mostrou antes de sua chegada, o que os rumores diziam até então: Bieber não está bem. Sua saúde mental, embora não haja mais detalhes, está em frangalhos. Sua mensagem nas teles até comoveu.
Ele fala de Deus, de Jesus, de como a fé tem sido importante quando a escuridão parece querer se impor. Magro, muito magro, usava óculos escuros, boné, jaqueta, como se dissesse “estou aqui, mas não estou aqui”. Sua voz só existia porque vinha, quase o tempo todo, de um playback sem vergonha. E foi assim que Bieber se apresentou. Sua produção já havia feito uma série de exigências. Todos os horários dos outros shows foram alterados para que o dele pudesse começar mais cedo, às 23h. E outros shows que faria no Brasil, a princípio, estão cancelados. faça o show, vá para o aeroporto e pegue seu jato particular de volta para Los Angeles. Bieber cantou Alguém ainda longe do público, e continuou assim no segundo, Aguentar.
Por tudo que supostamente está passando, Bieber redobrou a conexão com seus fãs. como se não quisessem mais tirar um pedaço de seu corpo, mas cuidar dele. Cenas de TV mostraram garotas em lágrimas quando o show começou. Sagrado Foi o primeiro momento de ligação incrivelmente emocional. Bieber sorriu, pela primeira vez, e isso acabou com seus fãs. Não importava se sua voz era dele ou uma gravação.
Ele então se retirou e deixou o público com a banda, investindo em uma introdução virtuosa. Quando você voltar Onde você está agora já estava começando, ele veio sem camisa, com as tatuagens aparecendo. Sua voz já era uma mistura de ecos, autotune e playback, tudo em um. Qual é a porcentagem de voz real? Difícil saber, talvez 2%, mas ninguém arriscaria deixá-lo cantar em sua pele, bem, em um estado de espírito delicado.
Em O que você quer dizer, a reprodução era tão visível que, mesmo não cantando, sua voz saía dos alto-falantes. Somente em um set acústico, acompanhado de violão e guitarra, a voz voltou a ser sua. Seria o caso de não vir? Que condições foram impostas para que este espetáculo fosse realizado? Os fãs não deveriam protegê-lo exigindo que ele ficasse em casa? Quanto vale a pena se submeter ao moedor de carne, como Amy Winehouse fez, até o fim? Perguntas que podem ser respondidas quando eles usam as imagens que estão filmando no palco para o que deveria se tornar um documentário.
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