Uma ilha onde 50% do solo consiste em restos humanos, Poveglia. Esta é uma ilha italiana na Lagoa de Veneza, que foi o local de alguns dos eventos mais tristes da história humana. Fatos envolvendo a Peste Negra, asilo e até Napoleão estão contidos neste pedaço da história humana. Poveglia ainda guarda muitos mistérios, mas seu passado está manchado de sangue e dor pelas pessoas que passaram por ela. O cativeiro é o resultado de tanto sofrimento que se passou nesta ilha durante séculos.
É uma bela ilha, com 17 hectares, com castelos, pois no século XIV este local foi motivo de conflitos entre os venezianos e os genoveses. Mais tarde, Napoleão e seu exército usaram a ilha em batalhas, onde o exército britânico sitiou os franceses. Durante este tempo, prisioneiros de guerra foram queimados nas margens da ilha. Ainda se acredita que até o Império Romano usou a ilha como “depósito” para cadáveres e prisioneiros há muito tempo. Destaca-se a torre sineira, que é o edifício mais visível da região e também um dos mais antigos. A torre foi construída no século XII, e a igreja foi destruída por ordem de Napoleão.
Poveglia é uma bela ilha e, apesar de sua rica e triste história até agora, a coisa mais triste aconteceu no século 14, quando a Peste Negra devastou a Europa. A ilha foi usada como lazareto durante a violência, abrigando centenas de milhares de pessoas.
pequeno triste
A humanidade enfrentava a maior epidemia de todos os tempos: a Peste Negra matou entre 75 e 200 milhões de pessoas em toda a Europa, despovoando o continente. As pessoas não tinham lugar para enterrar e o controle da morte foi perdido, até que os cadáveres foram perdidos onde estavam. As pinturas do período retratam claramente o que está acontecendo.
A doença matou um em cada três europeus e não havia nada que pudesse ser feito. Cientistas, religiosos e até os mais inteligentes não conseguiram chegar a uma conclusão que não fosse desarrazoada para o surgimento dessa doença. Até que as cidades resolveram fazer algo: separar tudo. Fecharam os portões e ninguém saiu. Essa decisão foi muito útil no controle da doença, que esteve no auge por 10 anos (1343-1353).
As cidades que não eram muradas devem ter encontrado uma maneira de se isolar e remover os mortos, pois o cheiro daquela época era forte, e com os cadáveres espalhados era difícil até imaginar.
Foi então que Veneza começou a levar os corpos dos mortos para Poveglia para o enterro. Com o tempo, os primeiros 3 anos da epidemia são desenfreados e fora de controle, o número de cadáveres aumenta como resultado. A ilha não suportava enterrar tantos cadáveres e o número de doentes aumentava incontrolavelmente. Foi aí que começaram a queimar os cadáveres e tiraram não só os mortos da ilha, mas quem mostrasse algum sinal da doença (bastou um espirro).
Lazaretto di Poveglia era muito popular e lotado. Outros reinos e cidades europeus começaram a levar os doentes aos lazaretos de Veneza, especialmente Poveglia. Os vírus (ou possíveis) devem ficar 40 dias nos lazaretos. Foi o nascimento da palavra ‘quarentena’. E como já mencionado, as pessoas que pararam nesses locais nunca mais voltaram, foram enterradas e, por falta de espaço, foram queimadas.
Quando o velho morreu, aqueles que vieram para a ilha disseram que foram atormentados por aqueles que partiram. Acredita-se que mais de 200.000 pessoas morreram em Poveglia e todas ainda vagam pela ilha envolta em neblina negra sazonal. Mau! As atividades da ilha como lazareto terminaram no século XIX, e diz-se que hoje 50% do solo da área é composto por restos humanos.
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