O vídeo de uma menina de 2 anos deitada na cama da mãe com pelo menos quatro sapos no corpo em Ituporanga, no Vale do Itajá, viralizou nas redes sociais nesta sexta-feira (9).
A criança aparece acariciando os animais naturalmente, enquanto o irmão mais velho grava a cena e chama a mãe. A mulher chega no quarto, se assusta e pergunta à menina: “o que é isso, Lvia?”. A criança responde aquele “papo”, enquanto ela sorri.
O vídeo, publicado neste domingo (4), alcançou 41 mil visualizações no Instagram dos irmãos Pedro e Lvia neste sábado (10). cama, mas “eu já sabia que ela [filha caula] estava se preparando”.
Pedro conta ainda que foi ele quem apresentou o primeiro sapo à irmã mais nova, Lvia Gabriella da Silva. “Peguei um e fui mostrar para ela. Eu a deixei pegar. Quando fui tirar dela, o choro começou”, conta.
Além da gravação que viralizou nesta semana, outros vídeos mostrando a garota interagindo com os anfíbios fizeram sucesso na internet. Uma delas, em que o irmão aparece proibindo a menina de pegar os sapos, chegou a 20 milhões de visualizações no TikTok.
Arisseles Hilleshein, mãe de Pedro e Lvia, admite que teve medo quando começou o contato dos filhos com os animais, mas que a convivência vem desde a infância do mais velho.
“No começo fiquei um pouco apreensiva. Ela herdou do irmão, que também tocava quando era pequeno. Agora não vejo nenhum problema. Claro que ela me dá alguns sustos quando coloca na minha cama, por exemplo, mas tenho muito orgulho de como os dois [Lvia e Pedro] respeitar a natureza”, diz.
Em outra gravação, ela aparece sentada entre os brinquedos com pelo menos 12 sapos. Também foi gravado com eles no sofá, no jardim e em outras áreas da casa.
Você pode pegar um sapo em sua mão?
A Bióloga da Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente Christin Raboch chegou a compartilhar o último vídeo que viralizou em suas redes sociais. Na legenda ele escreveu “filho raiz”.
No entanto, o profissional, que trabalha com resgates de animais na região norte do estado, não recomenda tocar nos anfíbios.
“Não recomendamos segurar animais silvestres na mão por dois motivos: um para que a pessoa não passe nenhuma doença para os animais. outro, para que o animal não passe algo, como algum fungo, para a pessoa”, diz.
Além disso, Raboch explica que existe uma única espécie que possui um veneno mais severo, embora muitas pessoas tenham medo de sapos.
“No Brasil, só existe uma espécie que libera aquele veneno que vai cegar uma pessoa, que é na Amazônia. O resto dos sapos são inofensivos. Então, se eles estão na frente, tudo bem, pode deixar lá”, esclarece.
O biólogo acrescenta ainda que, apesar de não terem um veneno grave, o “leite que as rãs libertam pode causar problemas [para as pessoas] tocando alguma mucosa”, explica.
Você não deve jogar sal em sapos
Raboch ressalta a importância de não jogar sal nas rãs, prática que se espalhou entre as comunidades, mas é considerada um crime ambiental, principalmente contra espécies nativas.
“O sapo tem respiração pulmonar e cutânea. Então acaba desidratando, queimando, fazendo o animal sofrer e muitas vezes acaba matando”, conta.
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