A produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis no Brasil é três vezes maior do que no mundo. No país, 83% da eletricidade produzida é proveniente de fontes renováveis. No mundo, essa proporção chega a 27%. Os dados foram divulgados durante o Seminário Energia, Desenvolvimento, Desafios e Oportunidades, promovido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e o Pólo Tecnológico Naval do Rio de Janeiro.
O evento virtual reuniu autoridades e especialistas do setor para debates sobre a produção de energia do país e contou com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Alvim. Ele avaliou que o país já é reconhecido como importante fonte geradora no cenário mundial em relação à segurança energética e que o Brasil tem sido referência em soluções diferenciadas no setor de óleo e gás. Na visão do ministro, o estado do Rio de Janeiro tem um papel diferenciado na produção de novos combustíveis e energias limpas que devem ser aproveitadas.
O Rio de Janeiro não pode perder essa nova janela de oportunidade, quando falamos em novos combustíveis para produção limpa, ou seja, contribuição científica e tecnológica. um diferencial que precisa ser aprimorado, pois estamos falando de geração de empregos, renda, faturas, retomando um papel que o Rio sempre teve na área.
Ainda no seminário, o ministro Paulo Alvim destacou os esforços para produzir energia nuclear no país. “Não apenas como alternativa para geração de energia, mas como aplicação de tecnologias nucleares na área da saúde, no setor de alimentos, ou seja, na diversidade de benefícios que traz para a sociedade.
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Paulo Csar Magalhes Domingues, mostrou o crescente volume de investimentos que vêm ocorrendo no setor de energia limpa e renovável.
“Faremos o maior leilão em termos de investimentos, serão mais de 15 bilhões na Bolsa de Valores de São Paulo. Ano que vem vamos bater todos os recordes de citação de transmissão de obras. O total estimado chegará a R$ 50 bilhões em investimentos, já prevendo dois dipolos para o Nordeste, para vender a produção, já que o Nordeste é um grande exportador de energia.”
O diretor-geral da ANP, almirante Rodolfo Saboia, indicou que o mercado de gás natural no Brasil passou por uma transformação ainda maior do que o mercado de petróleo, mas enfrenta a necessidade de uma estrutura maior para se desenvolver.
O Brasil carece muito de infraestrutura de gás natural. Temos algumas centenas de vezes menos quilômetros de dutos do que os Estados Unidos, do que a Argentina. Já estamos vendo uma dinâmica diferente no mercado de gás natural, passando de um mercado que saiu do monopólio de fato da Petrobras, para um com simplificações regulatórias, porque o regime não é mais de concessões, agora de autorizações, que estimulou o mercado.
Dados divulgados no seminário mostram que o Brasil é um país de energia limpa, com 46% de toda a sua fonte proveniente de energia renovável, contra 14% no mundo. No setor de biocombustíveis, o país é o segundo maior produtor. A energia solar é a fonte que mais aumentou a produção no país, atualmente na 13ª posição no mundo.
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