Um homem de 33 anos marcou um encontro nesta terça-feira (4) com uma mulher que conheceu por aplicativo na Zona Oeste da capital, mas foi abordado por criminosos armados. Ele foi obrigado a transferir R$ 10 mil e foi preso em Barueri, na Grande São Paulo. A polícia o soltou e prendeu um suspeito.
A Polícia Civil resgatou na noite desta quarta-feira (5) um engenheiro que foi sequestrado por 24 horas por uma quadrilha após cair no ‘golpe do amor’ e marcar um encontro com uma mulher que conheceu por meio de um aplicativo de celular.
O homem de 33 anos que caiu no ‘golpe de amor’ estava em cativeiro em Barueri, na Grande São Paulo. Ele foi encontrado com os braços e as pernas amarrados e com uma meia na boca. O engenheiro também foi obrigado a transferir R$ 10 mil do Pix para as contas bancárias dos criminosos. Um suspeito do crime foi preso pela polícia. Outros criminosos são procurados.
A vítima havia sido abordada na Zona Oeste da capital paulista, na noite desta terça-feira (4), quando dirigia para conhecer a mulher com quem conversava em um site de namoro.
Mas, em vez disso, o engenheiro foi pego por três criminosos armados que o levaram em seu carro para um cativeiro em Barueri.
“Ambos me seguraram, um me acertou com a bunda. E eles me empurraram para dentro do carro. Aí um ficou me segurando com a cabeça entre as pernas e o outro continuou dirigindo até chegar ao local do cativeiro”, disse o homem, que concordou em falar com a reportagem sem se identificar.
“Só falaram pra eu ficar quieto, que era coisa do Pix, que depois das transferências, na manhã seguinte, iam me liberar”, lembrou.
A polícia chegou ao cativeiro depois de liberar outra vítima de sequestro na mesma região. Um homem que estava em cativeiro com o engenheiro foi preso em flagrante.
“Na minha cabeça, se eu passasse mais um dia lá, não voltaria para casa”, disse o homem, que conheceu a família na delegacia da capital.
Segundo o delegado da Divisão Anti-Seqüestro que investiga o caso, o criminoso preso faz parte de uma quadrilha especializada em sequestros-relâmpago.
“O padrão de conduta é semelhante por meio de aplicativos de relacionamento em que criminosos por meio de perfis falsos atraem a vítima para o local do arrebatamento”, disse o delegado Tarcio Severo. “E de lá ela é transferida para o cativeiro, onde é ameaçada, sob a mira de uma arma, de passar seus dados bancários. Outra quadrilha é responsável por fazer as transferências bancárias.”
Levantamento da TV Globo mostra que só neste ano foram registradas na região metropolitana pelo menos 25 ocorrências de vítimas que caíram em golpes após marcar encontros por meio de aplicativos.
Além de Barueri, os casos também ocorreram em Osasco e Itaquaquecetuba. Outros 22 foram na capital.
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