A operação da Polícia Federal Argentina que apreendeu caixas de munição na casa de Fernando Andrs Sabag Montiel, detido como principal suspeito de apontar uma arma carregada para a vice-presidente Cristina Kirchner, encontrou uma bagunça na casa de 15 metros quadrados que o brasileiro estava alugando em Villa Zagala, em Buenos Aires. Em meio à sujeira e ao fedor do local, a polícia encontrou inúmeras lingeries femininas, vibradores e um chicote de couro.
Horas após a prisão de Montiel no bairro da Recoleta, a imprensa argentina noticiou que algumas pessoas abordaram a polícia para passar informações sobre o suspeito. Segundo o jornal La Nacin, uma dessas pessoas era o motorista Sergio Paroldi, 46, dono da casa que o brasileiro alugava há cerca de 8 meses. Ele teria reconhecido o inquilino na televisão e foi às autoridades, entregando-lhes uma chave do local.
A propriedade, localizada no terreno logo atrás da casa de Paroldi, estava amarrotada e suja, segundo o relato de La Nacin. A pia do banheiro estava quebrada e o vaso sanitário que parecia estar entupido por dias estava exalando um cheiro forte quando a polícia chegou. No chão havia uma pilha de cobertores, roupas e comida, incluindo vários sacos de batatas.
Foi em uma confusão que a polícia encontrou os vibradores, a lingerie e o chicote de couro. O mais surpreendente, além do odor e da sujeira, é a quantidade de elementos fetichistas. Não tínhamos ideia dessa faceta, disse o assistente social Fabricio Pierucchi, amigo do dono da casa, em entrevista ao jornal argentino.
Logo após a tentativa de ataque, as redes sociais de Montiel foram retiradas do ar. No entanto, os jornais argentinos conseguiram acessar os perfis e comunidades seguidos e com os quais os brasileiros se relacionavam, apontando interesse por grupos extremistas e de ódio.
Nas redes, ele se identificou como Fernando Salim Montiel, e acompanhou grupos e páginas como Comunismo Satânico, ciências ocultas herméticas e treinadores antipsicopatas.
Embora não esteja claro como os brasileiros interagiram com esses grupos nas redes sociais, outras evidências apontam para envolvimento com grupos extremistas. Segundo Clarn, Montiel teria várias tatuagens alusivas às mitologias viking e germânica, usadas por grupos neonazistas, incluindo um Schwarze Sonne no ombro, um sol negro ligado à filosofia ocultista do nazismo e usado pelas SS de Adolph Hitler.
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