O magistrado deve retornar ao trabalho nesta segunda-feira (5) no Tribunal Distrital do Trabalho após o julgamento do caso. Me Too Brasil já recebeu 96 denúncias de assédio xual, 6 dos quais foram estupro. As vítimas dizem que foram contatadas na escola de Damsio e em seu escritório no fórum dos trabalhadores. O juiz nega as acusações. O CNJ, MPF e MP estão investigando os casos.
O juiz interino e professor Marcos Scalercio, acusado de assédio xual e estupro de mulher, deve retornar das férias e retomar seu trabalho nesta segunda-feira (5), informou o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo ao G1, por meio de sua assessoria de imprensa. . Ele nega as acusações e mantém sua inocência, de acordo com sua defesa.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Judiciais Federais do Estado de São Paulo (Sintrajud), o magistrado foi transferido pelo TRT do Distrito 2 do Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, na Barra Funda, para outro fórum trabalhista da Zona Sul. Querendo comentar este assunto, o Tribunal não havia respondido à pergunta g1 até a última atualização deste relatório.
O magistrado e professor Scalercio, de 42 anos, pediu para ser afastado da justiça após uma denúncia no mês passado de que pelo menos dez mulheres o acusaram de abusar xualsuas mentes no curso Damsio Educacional, onde lecionou, e dentro de seu escritório em um fórum de equipe. . Denúncias de abuso por um juiz datam de 2014 a 2020. As denúncias chegaram aos ouvidos do Me Too Brasil, que levou algumas delas às autoridades.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília, e o Ministério Público Federal (MPF), em São Paulo, analisaram três desses casos: um estudante pré-universitário, um advogado e um funcionário da Justiça do Trabalho. Os casos são investigados, respectivamente, nas esferas administrativa e criminal. Esses dois processos são confidenciais e ainda não definitivos.
A expectativa é que o assunto esteja na pauta do CNJ na próxima terça-feira (6), por exemplo, quando o órgão decidir se deve ou não abrir um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para o juiz.
As outras sete mulheres que acusaram o Professor e o Magistrado não quiseram levar os casos à Justiça.
Damsio Educacional, onde Scalercio era professor de direito no curso preparatório para concursos públicos e na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o rebaixou da instituição em agosto, após o caso vir à tona. O curso preparatório sempre negou, porém, que ele tivesse conhecimento das denúncias de assédio. xual envolvendo ele e os alunos.
Com a divulgação do caso, Me Too Brasil recebeu novas denúncias de assédio xual de juízes e professores. Até a última sexta-feira (2), foram escritos 96 artigos, seis deles sobre estupro. Esta organização é parceira do Projeto Justiceiras. Ambos os órgãos prestam assistência jurídica gratuita às vítimas de violência xual e encaminhou 62 casos aos órgãos responsáveis pela apuração dessas denúncias, incluindo o CNJ. De acordo com o Me Too, o novo perfil de vítima também inclui estudantes de Damsio, advogados e funcionários do TRT. Quatro casos de estupro foram encaminhados ao Ministério Público (MP) de São Paulo. Duas outras mulheres que dizem ter sido abusadas por Sclercio não querem levar adiante essas acusações.
“Elas [as mulheres] Eles tinham muito a relatar naquela época. Eles estavam com medo de serem prejudicados dentro do sistema legal. Eles estavam com medo de poder provar este caso. ser desacreditado. E eles não sabiam que isso estava acontecendo com outras mulheres; agora ela se sente apoiada e fortalecida nisso”, disse Silvia.
A defesa de Scalercio não foi encontrada para comentar. Além disso, seus advogados negam as acusações de assédio. xual contra seu cliente. A própria Secretaria do Interior do TRT apresentou três denúncias contra ele.
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