Uma pesquisa do Durrell Institute for Conservation and Ecology (DICE) da Universidade de Kent, no Reino Unido, descobriu que os cheiros da natureza fazem as pessoas se sentirem relaxadas, felizes e saudáveis.
Os cientistas descobriram que a interação com a natureza e seus aromas, além de aumentar o bem-estar, estabelece uma forte ligação entre o indivíduo e suas memórias pessoais. Para exemplificar, um processo ecológico comum, como as folhas caídas no inverno, desperta boas lembranças no ser humano.
“A natureza é uma experiência multissensorial, e nossa pesquisa demonstra o significado potencial do olfato para o bem-estar”, disse Jessica Fisher, pesquisadora associada de pós-doutorado da DICE.
O estudo levou voluntários a alguns ambientes de uma floresta ao longo de quatro estações e demonstrou que o cheiro afetou diferentes tipos de bem-estar, como o físico, que foi observado com mais frequência, e atuou diretamente no relaxamento, conforto e rejuvenescimento dos pacientes. .
Aliada à característica física, a ausência de cheiros poluentes e odores indesejados das áreas urbanas, por exemplo, melhorou a satisfação dos indivíduos e permitiu que eles relaxassem mais.
A pesquisa também constatou que os cheiros trazem à tona memórias relacionadas à infância dos participantes, pois muitos deles ligavam cheiros específicos da floresta, mas a um evento passado. Essas memórias provocaram reações emocionais e, da mesma forma, influenciaram o bem-estar dos voluntários.
Vale ressaltar que o bem-estar reduz os níveis de estresse e cortisol, que muitas vezes estão ligados a algumas doenças humanas, por isso os dados são importantes e podem ser úteis para diversas profissões e áreas do conhecimento.
O estudo fornece descobertas que podem informar o trabalho de profissionais, especialistas em saúde pública, formuladores de políticas e planejadores de paisagem que buscam melhorar os resultados de bem-estar por meio da natureza. Pequenas intervenções podem trazer benefícios para a saúde pública”, acrescenta o pesquisador.
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