pela primeira vez desde 1959 que empresas privadas internacionais poderão negociar na ilha caribenha
A crise econômica em Cuba está causando uma ampla reforma no país. Recentemente, a ditadura socialista de Miguel Daz Canel anunciou que permitiria o investimento estrangeiro no comércio varejista e atacadista. Historicamente, o Estado manteve o controle absoluto desses setores e monopolizou a oferta de bens e serviços.
É a primeira vez desde 1959 que empresas privadas internacionais poderão investir na ilha, já que o próprio Fidel Castro boicotou o fluxo de capitais e procurou isolar o país.
O investimento estrangeiro no comércio atacadista e varejista, com regulamentação estatal, permitirá a ampliação e diversificação da oferta à população e contribuirá para a recuperação da indústria nacional, explicou Alejandro Gil, ministro da Economia de Cuba.
A nova flexibilização regulatória segue a mesma linha adotada na década de 1990, quando a ditadura passava por uma crise financeira.
A emergência econômica voltou a ser foco de pressão por reformas. O regime maximizou os desequilíbrios fiscais e monetários a partir de 2020, causando a pior crise em 27 anos.
O déficit fiscal aumentou para quase 18% do Produto Interno Bruto (PIB), valor que poderia ser financiado com recursos da dívida pública. Mas não apenas isso. Em resposta a uma escassez geral, os preços dos bens nos mercados informais registraram uma inflação que superou 6.000% em 2021.
A emissão descontrolada de dinheiro e a repressão financeira exercida pela ditadura socialista geraram escassez de alimentos básicos e até de produtos para uso médico.
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