Pesquisa mostra que profissionais de mídia que fazem análise política na TV são o alvo preferido dos radicais
A pesquisa calculou 2,8 milhões de ataques nesse período. O ranking dos 10 jornalistas mais agredidos praticamente tem maioria de mulheres que trabalham na TV. Em primeiro lugar aparece a apresentadora do programa Roda Vida, da TV Cultura, Vera Magalhes, com quase 27 mil mensagens de ódio.
Em seguida, Miriam Leito (Globo e GloboNews), William Bonner (âncora e editor-chefe do Jornal Nacional), Andria Sadi (Globo e GloboNews) e Eliane Cantanhde (GloboNews). Na sexta posição, Milton Neves (Banda). Em seguida, Mnica Bergamo (BandNews), Ricardo Noblat (portal Metropoles), Reinaldo Azevedo (BandNews) e Renata Vasconcellos (âncora e editora executiva do JN).
Na noite desta quarta-feira (14), Mnica Waldvogel comentou sobre a animosidade contra jornalistas que cobrem política nesse cenário de polarização e radicalização ideológica por parte da militância. Atacar um homem envolve o risco de uma reação física. Quanto mais fácil for atacar uma mulher, menor será o risco, disse ela. Desde terça-feira, o telejornalismo ecoa o ataque agressivo do deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos), aliado do presidente Jair Bolsonaro, contra Vera Magalhães.
Em debate com candidatos a governador de SP, veiculado por uma banca de imprensa, incluindo a TV Cultura, o deputado abordou o jornalista com virulência. Você é uma vergonha para o jornalismo, disse ele, repetindo uma frase disparada por Bolsonaro contra Vera no debate da Band no final de agosto. Políticos, artistas e entidades representativas lideram uma onda de solidariedade jornalística e de repúdio a Douglas Garcia.
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