O cantor Lucas Lucco anunciou nesta quinta-feira, 7, que decidiu dar uma pausa na carreira para cuidar da saúde mental após sofrer “inúmeras crises” desde o início de novembro. Ele é diagnosticado com transtorno afetivo bipolar (TAB). Você sabe o que é isso?
Segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Pessoas com Transtornos Afetivos (ABRATA), o transtorno bipolar atinge cerca de 140 milhões de pessoas no mundo e a predisposição genética é um importante fator de risco para o seu desenvolvimento. História familiar de depressão, alcoolismo, transtornos de ansiedade, uso de drogas ou o próprio transtorno bipolar, principalmente quando apresentado por ambos os pais (pai biológico e mãe), são fatores de risco.
Os sintomas quase sempre aparecem antes dos 30 anos, principalmente entre 18 e 25 anos, segundo o Ministério da Saúde. Estas são principalmente mudanças de humor. A pessoa alterna entre depressão e mania, também chamada de euforia. Neste segundo, é comum haver pensamentos acelerados, explosões de energia, desinibição, compulsividade e comportamentos inconsequentes e exagerados em geral, muitas vezes marcados pela agressividade.
As crises podem durar de alguns dias a meses. Em alguns casos, também podem ocorrer crises mistas, deixando a pessoa confusa e instável sobre o que sente e como age. Outras celebridades, como Selena Gomez, também revelaram que convivem com o transtorno e relataram as dificuldades que ele cria no relacionamento com familiares, equipes de trabalho, amigos e parceiros amorosos.
Diagnóstico e tratamento
Para controlar a bipolaridade, ela precisa ser tratada com medicamentos que controlem as crises e previnam alterações de humor. Porém, pelas próprias características da bipolaridade, o psiquiatra Henrique Bottura, que falou ao Estado sobre o assunto em dezembro de 2022, destaca que é importante ter um diagnóstico correto da doença – o que nem sempre é simples.
“Se o paciente procurar o psiquiatra em fase depressiva, pode ser erroneamente diagnosticado com depressão”, afirma Bottura, diretor clínico do Instituto de Psiquiatria Paulista. O perigo disto é que os medicamentos antidepressivos podem precipitar novas crises maníacas.
“Por isso, temos que ter muito cuidado na hora de ajustar a medicação do paciente e evitar prescrever altas dosagens de antidepressivos sem um diagnóstico preciso”, afirma o especialista.
Outro fator que dificulta o diagnóstico das pessoas com bipolaridade é que, durante a fase maníaca, elas tendem a pensar que não precisam de ajuda, que são autossuficientes. “É uma doença difícil de aceitar”, afirma o psiquiatra.
O tratamento para a bipolaridade funciona por meio de medicamentos estabilizadores do humor que só podem ser prescritos por um médico. A avaliação individual é essencial para a escolha do tratamento.
O cantor Lucas Lucco anunciou nesta quinta-feira, 7, que decidiu dar uma pausa na carreira para cuidar da saúde mental após sofrer “inúmeras crises” desde o início de novembro. Ele é diagnosticado com transtorno afetivo bipolar (TAB). Você sabe o que é isso?
Segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Pessoas com Transtornos Afetivos (ABRATA), o transtorno bipolar atinge cerca de 140 milhões de pessoas no mundo e a predisposição genética é um importante fator de risco para o seu desenvolvimento. História familiar de depressão, alcoolismo, transtornos de ansiedade, uso de drogas ou o próprio transtorno bipolar, principalmente quando apresentado por ambos os pais (pai biológico e mãe), são fatores de risco.
Os sintomas quase sempre aparecem antes dos 30 anos, principalmente entre 18 e 25 anos, segundo o Ministério da Saúde. Estas são principalmente mudanças de humor. A pessoa alterna entre depressão e mania, também chamada de euforia. Neste segundo, é comum haver pensamentos acelerados, explosões de energia, desinibição, compulsividade e comportamentos inconsequentes e exagerados em geral, muitas vezes marcados pela agressividade.
As crises podem durar de alguns dias a meses. Em alguns casos, também podem ocorrer crises mistas, deixando a pessoa confusa e instável sobre o que sente e como age. Outras celebridades, como Selena Gomez, também revelaram que convivem com o transtorno e relataram as dificuldades que ele cria no relacionamento com familiares, equipes de trabalho, amigos e parceiros amorosos.
Diagnóstico e tratamento
Para controlar a bipolaridade, ela precisa ser tratada com medicamentos que controlem as crises e previnam alterações de humor. Porém, pelas próprias características da bipolaridade, o psiquiatra Henrique Bottura, que falou ao Estado sobre o assunto em dezembro de 2022, destaca que é importante ter um diagnóstico correto da doença – o que nem sempre é simples.
“Se o paciente procurar o psiquiatra em fase depressiva, pode ser erroneamente diagnosticado com depressão”, afirma Bottura, diretor clínico do Instituto de Psiquiatria Paulista. O perigo disto é que os medicamentos antidepressivos podem precipitar novas crises maníacas.
“Por isso, temos que ter muito cuidado na hora de ajustar a medicação do paciente e evitar prescrever altas dosagens de antidepressivos sem um diagnóstico preciso”, afirma o especialista.
Outro fator que dificulta o diagnóstico das pessoas com bipolaridade é que, durante a fase maníaca, elas tendem a pensar que não precisam de ajuda, que são autossuficientes. “É uma doença difícil de aceitar”, afirma o psiquiatra.
O tratamento para a bipolaridade funciona por meio de medicamentos estabilizadores do humor que só podem ser prescritos por um médico. A avaliação individual é essencial para a escolha do tratamento.
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